terça-feira, junho 27, 2006

lembranças do tempo da vovó

Há um tempo que uma amiga mais internática que eu sugere que eu faça um blog. Eu já vinha escrevendo em um sítio coletivo e vivia mandando e-mails pros amigos contendo algumas das minhas observações sobre a realidade fantástica que vivemos. Mas como um e-mail não tem, de maneira alguma, mesmo que a gente tente acreditar, a mesma despretensão cotidiana de um blog (desculpas a quem está sofrendo de alguma ressaca moral internética...), resolvi começar essa espécie de dossiê da vida na web. Sem pensar. Na loucura. Tipo: agarra e vai!
Buenas, mas tudo isso é só pra contar a breve história do momento em que este simpático termo, distinto pero no mucho do "deixa a vida me levar", foi cunhado pela minha querida prima minero-caipira, nascida em Piracicaba e residente em Lavras.
Responsável por alimentar nossa avó paterna, num dia em que só sobraram as duas na ribeirinha cidade interiorana, a neta, no caso minha prima, teve a feliz idéia de almoçar patezinho com vinho. A avó, desconfiada, resistiu num primeiro momento e depois se rendeu perdidamente à sedutora bebida. Ao fim da segunda taça, um pouco assustada, ela reclamou à neta que suas pernas estavam bambas. E esta, numa sagaz atitude dionisíaca, disse:
- É isso aí, vó! Agora agarra...e vai!

As duas enxugaram a garrafa de Almadén.