domingo, outubro 08, 2006

Fúria II - quando não amanhece

Na insônia dos meus versos
Sento
e ainda mais!
Desperto
Pra ver de perto o pensamento

Sem a agressão barata de quem espera
Dou a ti minha revolta
Pois a mim me dera
Não sou o sujeito dessa ira, mas sua quimera.

Gosto de algumas certezas
Que não são aquelas frias, de impedir os mistérios
Ofereço a fluidez de mim
Sem estribos
Nada sério

Mas não me venha com despropósitos
Depois de tantos agarros

Deixo-os para o menino do Manoel de Barros
.

4 Comments:

Blogger Angelamô said...

É sim, sim
Você faz também, viu?
E lindo...

8:06 AM  
Anonymous Anônimo said...

Xuli, o seu verbo tá pegando delírio...

Beijo

8:18 AM  
Anonymous Anônimo said...

Xuli, querida

O ser verbo tá pegando delírio...

Beijo

8:20 AM  
Anonymous Anônimo said...

No descomeço era o verbo.
Só depois é que veio o delírio do verbo.
O delírio do verbo estava no começo, lá onde a
criança diz: Eu escuto a cor dos passarinhos.
A criança não sabe que o verbo escutar não funciona
para cor, mas para som.
Então se a criança muda a função de um verbo, ele delira.
E pois.
Em poesia que é voz de poeta, que é a voz de fazer
nascimentos –
O verbo tem que pegar delírio.

Manuel de Barros

8:39 AM  

Postar um comentário

<< Home