Fúria II - quando não amanhece
Na insônia dos meus versos
Sento
e ainda mais!
Desperto
Pra ver de perto o pensamento
Sem a agressão barata de quem espera
Dou a ti minha revolta
Pois a mim me dera
Não sou o sujeito dessa ira, mas sua quimera.
Gosto de algumas certezas
Que não são aquelas frias, de impedir os mistérios
Ofereço a fluidez de mim
Sem estribos
Nada sério
Mas não me venha com despropósitos
Depois de tantos agarros
Deixo-os para o menino do Manoel de Barros.
Sento
e ainda mais!
Desperto
Pra ver de perto o pensamento
Sem a agressão barata de quem espera
Dou a ti minha revolta
Pois a mim me dera
Não sou o sujeito dessa ira, mas sua quimera.
Gosto de algumas certezas
Que não são aquelas frias, de impedir os mistérios
Ofereço a fluidez de mim
Sem estribos
Nada sério
Mas não me venha com despropósitos
Depois de tantos agarros
Deixo-os para o menino do Manoel de Barros.
4 Comments:
É sim, sim
Você faz também, viu?
E lindo...
Xuli, o seu verbo tá pegando delírio...
Beijo
Xuli, querida
O ser verbo tá pegando delírio...
Beijo
No descomeço era o verbo.
Só depois é que veio o delírio do verbo.
O delírio do verbo estava no começo, lá onde a
criança diz: Eu escuto a cor dos passarinhos.
A criança não sabe que o verbo escutar não funciona
para cor, mas para som.
Então se a criança muda a função de um verbo, ele delira.
E pois.
Em poesia que é voz de poeta, que é a voz de fazer
nascimentos –
O verbo tem que pegar delírio.
Manuel de Barros
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