Carta a um amigo
Tem vezes que a raiva é tanta
que dá vontade de chorar.
Tem vezes que a tristeza é tanta
que não dá.
Acho difícil chorar desde algum tempo depois da morte do meu pai. Mesmo quando sinto falta de deitar em cima da barriga dele e de ficar sentindo aquela respiração de elefante, longa e lenta. As vezes eu o encontro nos meus sonhos, nas minhas angústias, na minha saudade. E minha maior dificuldade foi decidir não vê-lo no meu pensamento, ignorá-lo, fazê-lo sumir.
Penso que as separações são como esse luto, a cada uma que sofro, endureço. E junto, sinto a mesma falta do que não existe. A mesma saudade insolúvel, do mesmo irresoluto...
Quando eu voltar a chorar, eu te conto...
que dá vontade de chorar.
Tem vezes que a tristeza é tanta
que não dá.
Acho difícil chorar desde algum tempo depois da morte do meu pai. Mesmo quando sinto falta de deitar em cima da barriga dele e de ficar sentindo aquela respiração de elefante, longa e lenta. As vezes eu o encontro nos meus sonhos, nas minhas angústias, na minha saudade. E minha maior dificuldade foi decidir não vê-lo no meu pensamento, ignorá-lo, fazê-lo sumir.
Penso que as separações são como esse luto, a cada uma que sofro, endureço. E junto, sinto a mesma falta do que não existe. A mesma saudade insolúvel, do mesmo irresoluto...
Quando eu voltar a chorar, eu te conto...
1 Comments:
Normalmente, pra mim pelo menos, cada ano deixa vai marcando mais fundo. As dores não passam, doem cada vez mais. E são sempre as mesmas. O problema é que às vezes, quando dá um ataque de choro, é daqueles de babar, escorrer o nariz, soluçar, desidratar.
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