O dia em que o futebol desafiou a guarda.
Contra a monotonia do clássico paulista:
Parecia dia de votação em Ruanda. Amontoados, todos esperavam ao lado da linha de contenção feita pelos “boinazul”. De braços dados, tentavam não ultrapassar o espaço estipulado pelo soldado, que caminhava livremente pelo outro lado. Alguns subiram nas grades para conseguir manter a média de cinqüenta e dois homens por metro quadrado. De repente, de cima do caminhão, sai a notícia pelo alto falante: Calma! A bilheteria já vai abrir!!!
Era 28 de agosto de 2004, Haiti x Brasil, em Pt. Príncipe.
***
Depois de uma galera passar mal na fila e ser socorrida pela “união das nações”, chegou a hora: “dois!”
O bilheteiro, enxugando o suor que escorria em bica pela sua testa, insistia em não deixar: “É um por pessoa!! Só um!”(acho que ele até usava um colete à prova de balas). E a fila não se conformava. Cada um que chegava tomava essa notícia na cara e lamentava pela ausência de alguém para comprar-lhe o segundo. Ou, enfurecidos, volteavam tentativas de golpe no pobre do bilheteiro, desamparado pelo exército brasileiro.
***
Durante a partida, a rua deserta denunciava a tramóia e uma voz sábia dizia: É o pão e o circo! Essa é a missão da ONU aqui. E a arma é o carisma.
Mas de todas as tentativas, foi esse o dia:
em que o futebol desafiou a guarda.
Parecia dia de votação em Ruanda. Amontoados, todos esperavam ao lado da linha de contenção feita pelos “boinazul”. De braços dados, tentavam não ultrapassar o espaço estipulado pelo soldado, que caminhava livremente pelo outro lado. Alguns subiram nas grades para conseguir manter a média de cinqüenta e dois homens por metro quadrado. De repente, de cima do caminhão, sai a notícia pelo alto falante: Calma! A bilheteria já vai abrir!!!
Era 28 de agosto de 2004, Haiti x Brasil, em Pt. Príncipe.
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Depois de uma galera passar mal na fila e ser socorrida pela “união das nações”, chegou a hora: “dois!”
O bilheteiro, enxugando o suor que escorria em bica pela sua testa, insistia em não deixar: “É um por pessoa!! Só um!”(acho que ele até usava um colete à prova de balas). E a fila não se conformava. Cada um que chegava tomava essa notícia na cara e lamentava pela ausência de alguém para comprar-lhe o segundo. Ou, enfurecidos, volteavam tentativas de golpe no pobre do bilheteiro, desamparado pelo exército brasileiro.
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Durante a partida, a rua deserta denunciava a tramóia e uma voz sábia dizia: É o pão e o circo! Essa é a missão da ONU aqui. E a arma é o carisma.
Mas de todas as tentativas, foi esse o dia:
em que o futebol desafiou a guarda.
1 Comments:
ÉÉÉ MUITO BOM...JU....PENA QUE NO BRASIL... EM SÃO PAULO O PÃO E CIRCO NAO DA CERTO NÉH... OS MAIS NECESSITADOS ALVO-NEGROS DA CIDADE SÓ VÃO PRO ESTADIO PRE SOFRER.... HAHHHAAHAAAA VERDÃO EÔÔÔ....
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