Aguenta coração..
Hoje nasceu Dianinha! Alegria!!
E só porque nesta alegria por chamá-la, eu elogiei o mundo, o jornal de hoje amanheceu sangrento e com uma notícia no mínimo fascista: vão colocar muro em volta das favelas do Rio de Janeiro que ocupam as áreas “nobres” da cidade.
A primeira desculpa do governo do Estado é que a medida deve impedir a ocupação de mais áreas verdes nos morros que cercam a cidade. Mas como bem disse a diretora da ONG SOS Mata Atlântica e a Cuca: quem disse que um muro impede ocupação? Acho que mais fácil será usar o muro para puxar uma casa, aproveitando a parede de alvenaria. Se o problema é a vegetação, inclua a população do morro na preservação dela, disse a Dona Diretora, acertadamente.
Obviamente, não se trata disso. A ONG sem-vergonha que está tratando da proposta se chama Pereira Passos, o maior “ladrilhador” da cidade do Rio. O cara, como prefeito, destruiu morros para construir largas avenidas no centro, durante a primeira década do século XX. Botou abaixo centenas de moradias precárias da área “nobre” e, sem nenhuma alternativa, a população despejada foi migrando para os morros que, na virada do século, já começavam a ser ocupados. Para alguns historiadores, o primeiro deles, o Morro da Providência, abrigou soldados da Guerra de Canudos e daí o nome “favela”, fazendo alusão ao arbusto de mesmo nome, típico da vegetação sertaneja da região de Canudos. Para outros, a ocupação se deu simultaneamente em outros morros, contudo o Morro da Providência seria o mais visível, dada sua localização mais central. De qualquer maneira, é aí que começa a expansão da cidade para os lugares que hoje estão sendo “murados” pelo governo.
Ainda, segundo o artigo da Folha de S. Paulo, estes lugares são inclusive os de menor crescimento da ocupação, o que faz a justificativa do Estado mais vergonhosa. Mais uma vez, é uma política de remediação pela falta de planejamento urbano que contemple a população dos morros. Era só o que faltava: contenção geográfica, porque a das armas já existe há algum tempo.
Vale lembrar a música do Padeirinho, Favela. Mas essa eu não achei para colocá-la aqui, então vai a letra:
Favela
(Padeirinho e Jorge Pessanha)
Numa vasta extensão
Onde não há plantação
Nem ninguém morando lá
Cada pobre que passa por ali
Só pensa em construir seu lar
E quando o primeiro começa
Os outros depressa procuram marcar
Seu pedacinho de terra pra morar
E assim a regiãosofre modificação
Fica sendo chamada de a nova aquarela
E é aí que o lugar
Então passa a se chamar favela
E só porque nesta alegria por chamá-la, eu elogiei o mundo, o jornal de hoje amanheceu sangrento e com uma notícia no mínimo fascista: vão colocar muro em volta das favelas do Rio de Janeiro que ocupam as áreas “nobres” da cidade.
A primeira desculpa do governo do Estado é que a medida deve impedir a ocupação de mais áreas verdes nos morros que cercam a cidade. Mas como bem disse a diretora da ONG SOS Mata Atlântica e a Cuca: quem disse que um muro impede ocupação? Acho que mais fácil será usar o muro para puxar uma casa, aproveitando a parede de alvenaria. Se o problema é a vegetação, inclua a população do morro na preservação dela, disse a Dona Diretora, acertadamente.
Obviamente, não se trata disso. A ONG sem-vergonha que está tratando da proposta se chama Pereira Passos, o maior “ladrilhador” da cidade do Rio. O cara, como prefeito, destruiu morros para construir largas avenidas no centro, durante a primeira década do século XX. Botou abaixo centenas de moradias precárias da área “nobre” e, sem nenhuma alternativa, a população despejada foi migrando para os morros que, na virada do século, já começavam a ser ocupados. Para alguns historiadores, o primeiro deles, o Morro da Providência, abrigou soldados da Guerra de Canudos e daí o nome “favela”, fazendo alusão ao arbusto de mesmo nome, típico da vegetação sertaneja da região de Canudos. Para outros, a ocupação se deu simultaneamente em outros morros, contudo o Morro da Providência seria o mais visível, dada sua localização mais central. De qualquer maneira, é aí que começa a expansão da cidade para os lugares que hoje estão sendo “murados” pelo governo.
Ainda, segundo o artigo da Folha de S. Paulo, estes lugares são inclusive os de menor crescimento da ocupação, o que faz a justificativa do Estado mais vergonhosa. Mais uma vez, é uma política de remediação pela falta de planejamento urbano que contemple a população dos morros. Era só o que faltava: contenção geográfica, porque a das armas já existe há algum tempo.
Vale lembrar a música do Padeirinho, Favela. Mas essa eu não achei para colocá-la aqui, então vai a letra:
Favela
(Padeirinho e Jorge Pessanha)
Numa vasta extensão
Onde não há plantação
Nem ninguém morando lá
Cada pobre que passa por ali
Só pensa em construir seu lar
E quando o primeiro começa
Os outros depressa procuram marcar
Seu pedacinho de terra pra morar
E assim a regiãosofre modificação
Fica sendo chamada de a nova aquarela
E é aí que o lugar
Então passa a se chamar favela
1 Comments:
tem aqui ó: http://pratoefaca.blogspot.com/2008/08/jorginho-imprio-pessanha-o-autntico.html
beijão
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