Samba do morro e do asfalto
Como todo bom sambista, o Nelson Sargento também tem sua característica física marcante: dois dentes na boca e uma dicção impressionante. Outro dia estava prestando atenção nisso. Noel, sem queixo; Marçal canta "a plimela vez que eu te encontlei"; Candeia ficou preso a uma cadeira de rodas, seu "trono"; Cartola quase não tinha mais nariz; Nelson Cavaquinho era mais cego que o Hermeto e por aí vai.
O samba foi e, muitas vezes, ainda é marginalizado justamente por ser feito por essas pessoas que, de fato, não foram criadas a base de leite Ninho. Entre uma crítica a falta de atenção, tanto por parte das políticas culturais como da própria saúde pública e do urbanismo, a muitas das comunidades onde os sambas tiveram seu berço, e a constatação de que estes lugares estavam no morro, devo dizer que atualmente também tem muita gente boa no asfalto. Ando ouvindo muita coisa interessante vinda de amigos que começaram a pesquisar esses caras e se arriscaram na composição de uma nova safra de sambas bons.
Mando aí embaixo um exemplar da Velha Guarda carioca e outro dos meus contemporâneos paulistas. O primeiro é do Nelson Sargento homenageando o Cartola. Lindo! O segundo é do Thiaguinho Monteiro e do Renato Fontes ao Hélio Bagunça, na voz da Adriana Moreira. Orgulho! Mangueira e Camisa Verde e Branco.
Homenagem ao Mestre Cartola - para baixar
(Nelson Sargento)
Só um peito vazio descobre
que o mundo é um moinho
E quando isto acontece
a alegria vai embora
E as cordas de aço de um violão
solam baixinho
uma canção que se chama
Disfarça e chora
Eu confesso que tive sim
um amor proibido
Vai amigo e diz-me quanto
eu tenho sofrido
Mas tudo se ajustará numa grande alvorada
O sol nascerá
Pouco importa depois
se estaremos juntos nós dois
O nosso amor brilhará numa noite tão linda
as rosas não falam
mas podem enfeitar
a grande festa da vinda
Sorriso do Sambista - vídeo youtube
(Thiago Monteiro e Renato Fontes)
A mocidade do samba está de luto
Na Barra Funda
E as escolas que sempre cultivaram
O compromisso
Entristecidas hoje contam sua história
a trajetória de um sambista com grandeza
E ronca a cuíca e o surdo marca o tempo
Da Furiosa
No peito é que bate o compasso da sua cadência
Com harmonia
Anunciando uma bagunça glamurosa
uma homenagem ao sambista que sorria
Anunciando uma bagunça glamurosa
é a referência do sambista de hoje em dia.
O samba foi e, muitas vezes, ainda é marginalizado justamente por ser feito por essas pessoas que, de fato, não foram criadas a base de leite Ninho. Entre uma crítica a falta de atenção, tanto por parte das políticas culturais como da própria saúde pública e do urbanismo, a muitas das comunidades onde os sambas tiveram seu berço, e a constatação de que estes lugares estavam no morro, devo dizer que atualmente também tem muita gente boa no asfalto. Ando ouvindo muita coisa interessante vinda de amigos que começaram a pesquisar esses caras e se arriscaram na composição de uma nova safra de sambas bons.
Mando aí embaixo um exemplar da Velha Guarda carioca e outro dos meus contemporâneos paulistas. O primeiro é do Nelson Sargento homenageando o Cartola. Lindo! O segundo é do Thiaguinho Monteiro e do Renato Fontes ao Hélio Bagunça, na voz da Adriana Moreira. Orgulho! Mangueira e Camisa Verde e Branco.
Homenagem ao Mestre Cartola - para baixar
(Nelson Sargento)
Só um peito vazio descobre
que o mundo é um moinho
E quando isto acontece
a alegria vai embora
E as cordas de aço de um violão
solam baixinho
uma canção que se chama
Disfarça e chora
Eu confesso que tive sim
um amor proibido
Vai amigo e diz-me quanto
eu tenho sofrido
Mas tudo se ajustará numa grande alvorada
O sol nascerá
Pouco importa depois
se estaremos juntos nós dois
O nosso amor brilhará numa noite tão linda
as rosas não falam
mas podem enfeitar
a grande festa da vinda
Sorriso do Sambista - vídeo youtube
(Thiago Monteiro e Renato Fontes)
A mocidade do samba está de luto
Na Barra Funda
E as escolas que sempre cultivaram
O compromisso
Entristecidas hoje contam sua história
a trajetória de um sambista com grandeza
E ronca a cuíca e o surdo marca o tempo
Da Furiosa
No peito é que bate o compasso da sua cadência
Com harmonia
Anunciando uma bagunça glamurosa
uma homenagem ao sambista que sorria
Anunciando uma bagunça glamurosa
é a referência do sambista de hoje em dia.