sexta-feira, novembro 23, 2007

As vezes eu queria solidão. Mas sempre você me acompanha nessa sua presença invisível. Hoje sonhei contigo. Você me abraçava e nada disso era verdade. Mas a gente se via e aquilo tudo que vivemos era uma coisa tão brincante, como sempre. A gente se abraçava e você me mostrava o quanto tudo era bobagem.

Lembro quando descobri que nuvem não era sólida. Elas são uma névoa que, em algumas vezes, nos fazem felizes...

terça-feira, novembro 13, 2007

O prazer é perverso

É estranho como as pedagogas falam do amor. Sempre de um jeito meio ingênuo, como se nele não coubessem a raiva ou o ódio. Sempre compreensivo. Passivo.

Todas as terças-feiras, tenho aula na Faculdade de Educação. Enquanto tento apagar o gosto de um almoço engolido, escuto meninas de meias socket tentando convencer suas amigas de que na verdade eles nos amam, mas têm medo.

Quê paixão tem medo?

A paixão não teme nem a dor. Ela é sempre uma aposta no sofrimento. Aquele de embrulhar o estômago, de deixar as pernas bambas, de nos encharcar

intimamente

de desfalecer num toque.

De que amor essas meninas falam??

Um descanso no banco do bosque me lembrou que a vida tem mais graça.

Como a da gargalhada faceira do menino que agora corre ao meu lado,
tentando agarrar com as mãos um desprotegido passarinho...

sexta-feira, novembro 09, 2007

Con Solo




Depois de uma conversa de bar e um ombro, um amigo escreveu uma música para minha história.


Se um dia a gente se encontrar
não me venhas usar de educação
Não esperes que esteja perdoado
que eu não espero uma tardia explicação

Se as palavras que um dia me negaste
surgirem em tua boca de repente
engula feito a pinga que sobrou
do litro que entornaste em minha frente
(Tico da Pinga)